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2012 - Livro Vermelho 2013

Lessingianthus venosissimus (Sch.Bip. ex Baker) H.Rob. EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 04-04-2012

Criterio: B2ab(iii)

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie ocorre no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso Minas Gerais e possivelmente Acre. Tem distribuição restrita em habitat específico (AOO=36 km²), e pode ser encontrada em menos de cinco locais emsituação de ameaça. Habita os Campos Rupestres do Cerrado, que vem sendodeteriorados, reduzidos e invadidos por espécies exóticas. Segundo a informaçãodisponível, váriasáreas que mantinham remanescentes significativos de vegetação nativa deBrasília, desde sua fundação, desapareceram nos últimos anos e outras continuamdesaparecendo rapidamente. É encontrada em unidades de conservação (SNUC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Lessingianthus venosissimus (Sch.Bip. ex Baker) H.Rob.;

Família: Asteraceae

Sinônimos:

  • > Vernonia venosissima ;
  • > Vernonia urbaniana ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Subarbusto com ramos folhosos no ápice, cobertos por indumento alvo-incano; folhas oblongas e capítulos solitários com 60-80 flores (Baker, 1873).

Distribuição

Ocorre em Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais (Nakajima et al., 2010).

Ecologia

Subarbusto perene, que habita os campos rupestres e formações de Cerrado do Brasil Central. Fértil de março a outubro, polinizado por insetos e dispersado pelo vento.

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência national
Severidade very high
Detalhes A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25 ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000 km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130 ton/ha/ano (Klink; Machado, 2005).

1.4.2 Human settlement
Severidade very high
Detalhes Várias áreas que mantinham remanescentes significativos de vegetação nativa desde a fundação de Brasília, desapareceram nos últimos anos, e continuam desaparecendo rapidamente. Em UNESCO (2000) registra-se que, em apenas 44 anos (avaliação de 1954 a 1998), o DF perdeu 57,6% da sua cobertura vegetal e que a categoria cerrado foi a mais atingida, com 73,8% de perdas (Batista; Bianchetti, 2003).

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Incidência national
Severidade very high
Detalhes O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. ("molassa" ou "capim-gordura"). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000 km2 - uma área equivalente ao Estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Citada como "Em perigo" (EN) na Lista Vermelha da flora ameaçada de Minas Gerais (COPAM-MG, 1997).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Chapada dos Guimarães - MT (CNCFlora, 2011).

Referências

- BAKER, J.G.C.F.P. MARTIUS; A.W. EICHLER. Compositae III, Asteroideae, Inuloideae. Leipzig: Frid. Fleischer, 1873. 1-134 p.

- JONES, S.B. A Revision of Vernonia series Buddleiifoliae (Compositae: Vernonieae)., Brittonia, v.34, p.102-117, 1982.

- NAKAJIMA, J., LOEUILLE, B., HEIDEN, G., DEMATTEIS, M., HATTORI, E.K.O., MAGENTA, M., RITTER, M.R., M. Asteraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB000055>.

- BATISTA, J. A. N. BIANCHETTI, L. B. Lista atualizada das orchidaceae do Distrito Federal. Acta Botanica Brasilica, v. 17, n. 2, p. 183-201, 2003.

- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado brasileiro. Megadiversidade. Conservação Internacional, p.147-155, 2005.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

- CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL, MINAS GERAIS. Deliberação COPAM n. 85, de 21 de outubro de 1997. Aprova a lista das espécies ameaçadas de extinção da flora do Estado de Minas Gerais, Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, Diário do Executivo, Belo Horizonte, MG, 30 out. 1997, 1997.

Como citar

CNCFlora. Lessingianthus venosissimus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Lessingianthus venosissimus>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 04/04/2012 - 19:12:03